Last november I traveled to Dubai invited by Emirates (those who follow me on Instagram knew that already, right?) — the very same airline that, just in 2016 and 2017, has moved something like 56 million passengers (and served over 200 000 meals per day on board, having in mind the different habits and requests all over the world). Is this impressive or what?
More than just a stopover between flights, the largest carrier in the Middle East is determined to show us that Dubai is a place to visit — last year the Arab emirate has welcomed 14,24 million international guests.
I got the message.
So far, previous to my last visit, memories of Dubai were reduced to several hours spent at the airport while I was on my way to Asia — like many of you, I bet — but since then I’ve been thinking of spending there a few days.
For real.
Mission accomplished thanks to Emirates — and even tough flying in executive class made the experience even greater (don’t be judgmental, come on!), I can honestly add that its economy class also lives up to expectations (I’ve tried it before, so I know). This said, Let me share with you my pocket sized city guide of Dubai in 10 steps.
Em novembro viajei até ao Dubai a convite da Emirates — a mesma companhia aérea que, só entre 2016 e 2017, transportou 56,1 milhões de passageiros (o que dá qualquer coisa como cerca de 200 mil refeições servidas por dia a bordo, com as devidas adaptações a cada região do mundo!). Mais do que apenas um ponto de passagem, a maior transportadora do Médio Oriente quer passar a mensagem de que o emirado árabe é um ponto de paragem e visita — em 2017, o Dubai recebeu 14,24 milhões visitantes internacionais.
Mensagem recebida.
Até então o Dubai fora apenas para mim uma escala de horas (várias horas) no seu aeroporto a caminho da Ásia — como para tantos outros, imagino —, mas ficou-me a curiosidade de voltar para passar ali uns dias.
De verdade.
Objetivo cumprido com a cumplicidade da Emirates — e o bónus, detalhe importante, de ter viajado em classe executiva (não se apressem a julgar-me: a companhia, justiça lhe seja feita, porta-se muito bem também em económica; palavra de quem já experimentou e gostou). O resultado dessa visita, partilho-o agora com vocês em formato de guia prático de bolso 😉
Top of the tops
With so many towers in the city, climbing the heights to look at Dubai is not difficult; there is one, however, that tops them all. I’m speaking, of course, of the Burj Khalifa – never mind the vertigo: the 160- storey building is more than 800 meters high. It is simply unbeatable when it comes to show us an emirate in permanent construction, which grows mainly upright and doesn’t hesitate to advance towards the desert and the sea. On my return, some friends told me that it is even possible, here, to get up before dawn and watch the sunrise.
Com tantas torres na cidade, subir às alturas para vislumbrar Dubai não é complicado, há uma, porém, que bate todas as outras. Falo, claro, da Burj Khalifa — esqueçam as vertigens: são mais de 800 metros de altura e 160 andares. É simplesmente imbatível na hora de nos mostrar um emirado em permanente construção, que cresce sobretudo na vertical e não hesita em avançar deserto e mar adentro. No meu regresso, alguns amigos informaram-me que é, inclusive, possível madrugar aqui para assistir ao nascer do Sol.
#architecturelovers
The hashtag fits perfectly the city of Dubai, which doesn’t show signs of wanting to stop so soon adding new points of interest to the already long list of architectural references; take note: one of the most awaited news is the fully oval Museum of the Future, expected in April 2019. I went to the Business Bay area deliberately – a city within the city, built around canals – to photograph the 0-14 tower known as the Swiss Cheese. And, believe me, I didn’t regret it.
A hashtag acenta na perfeição à cidade do Dubai, que não dá mostras de querer parar tão cedo de acrescentar novos pontos de interesse à já longa lista de referências arquitectónicas — anotem: uma das novidades mais aguardadas é o Museum of the Future, totalmente oval, esperado em abril de 2019. Fui de propósito à área de Business Bay — uma cidade dentro da cidade, construída em torno de canais — para fotografar a “Queijo Suíço, nome por que ficou conhecida a torre 0-14. E não me arrependi.
Jumeirah Emirates Towers Hotel
In a city in constant transformation – and, yes, I know I’m repeating myself, but this is a striking feeling from the very first moment, and it remains even in those who live here and can hardly keep up with the pace of urban renewal – a hotel with more than 15 years would risk being consigned to history. To begin with, I found the scale of this Jumeraih, despite being in a 56-storey tower, quite comfortable and practical; I just felt the lack of a larger and, why not, convivial pool. What did I like the most? Although it’s not a design hotel, it managed to surprise me with contemporary pieces such as the Eames Lounge Chair (in the suites) or the lobby armchairs designed by Warren Platner in the 1960s. I would also like to highlight the breakfast’s Homeric abundance, the cool dark atmosphere of The Rib Room restaurant and bar, or that “one for the road” taken in the Alta Badia panoramic bar (51st floor). The fact that, on arrival, I have always felt a very pleasant scent in the air will also remain in my memory.
Numa cidade em constante transformação —repito-me, eu sei, mas esta sensação é marcante desde o primeiro momento e permanece mesmo em quem vive aqui e dificilmente consegue acompanhar o ritmo de renovação urbana —, um hotel com mais de 15 anos correria o risco de ter passado à história. Para começar, achei a escala deste Jumeraih, apesar de estar numa torre de 56 andares, bastante confortável e prática — senti apenas falta de uma piscina maior e, why not, convivial. O que gostei mais? Não sendo um design hotel, ele conseguiu surpreender-me com peças contemporâneas como a Lounge Chair de Eames (nas suites) ou as poltronas do lobby desenhadas por Warren Platner na década de 1960. Destaco ainda a fartura homérica do pequeno-almoço, o escurinho cool do restaurante-bar The Rib Room ou o último copo da noite (e da viagem) tomado no bar panorâmico Alta Badia (51º piso). Ficou-me também na memória o facto de, à chegada, sentir sempre no ar um perfume muito agradável.
It’s JBR Beach, bitch
There is life and beach in Dubai. JBR is the most visited, popular, and accessible one, as it has direct access from The Walk, a boulevard of bars and restaurants. With skyscrapers all around the waterfront, its sandy beach is quite democratic and busy even during the week, and there are activities to suit all tastes and adrenaline levels. For those who don’t like cold water, the Persian Gulf is a godsend; for those who enjoy the chill, it’s like a hot tub.
Há vida e praia no Dubai. A mais frequentada, conhecida e acessível — por ter acesso direto pelo The Walk, uma área pedonal de bares e restaurantes — é a JBR. Com arranha-céus em toda a orla, o seu areal é bastante democrático e movimentado mesmo durante a semana, sendo que há atividades para todos os gostos e graus de adrenalina. Para quem não gosta de água fria, o Golfo Pérsico caiu do céu; para quem aprecia o friozinho na espinha, é uma sopa.
City heat — run to a nearby mall
The heat. It is the most intriguing for those who have never been to Dubai and rely only on statistical data – take this friendly advice: avoid at all costs the months of July and August (temperatures can reach 50°C!), and choose the period from January to March (usually temperatures don’t reach 30 ° C). And yes, – I checked it myself – it is possible to hike early in the morning (until 9 a.m., maximum) with mild temperatures. In any case, this is a city designed to protect us from extremes, hence the quantity and variety of shopping malls – more than just shops and restaurants, they offer entertainment: from giant aquariums to ski simulators. Let me tell you that the most photographed waterfall (The Waterfalls) is at the Dubai Mall.
O calor. É o que mais intriga quem nunca esteve no Dubai e se fia apenas nos dados estatísticos — conselho de amigo: evitem a todo o custo os meses de julho e agosto (pode chegar aos 50ºC!) e apostem no período de janeiro a março (por norma não chega aos 30ºC). Tive a prova de que, sim, é possível fazer uma caminhada logo pela manhã cedo (até às 9 horas, máximo) com temperaturas amenas. Seja como for, esta é uma cidade pensada para nos proteger dos extremos, daí a quantidade e a variedade de shopping centers — mais do que só lojas e restaurantes, eles oferecem entretenimento: de aquários gigantes a simuladores de pistas de esqui. A cascata mais fotografada (The Waterfalls), ficam a saber, encontra-se no Dubai Mall (#ficaadica).
Traffic after 5PM — a jam, not a piece of cake
It happens to the best of us. Traffic is particularly slow in Dubai from 5:00 p.m., so you should always take that into account when travelling around. I didn’t try the subway, but taxis are effective, comfortable and, in most cases, they accept credit cards.
Acontece nas melhores famílias. A partir das cinco da tarde, o trânsito torna-se particularmente lento no Dubai, pelo que convém sempre dar o devido desconto nas deslocações. O metro não experimentei, mas os táxis são eficazes, confortáveis e, na maior parte dos casos, aceitam cartões.
Food side B
Dubai is sparing no effort to be taken seriously even in the gastronomic feature: you can find a little bit of everything, from Shake Shack’s New York burgers to the fine dining of international star chefs like Heinz Beck, Jason Atherton, Thomas Keller or Gordon Ramsay. What I did not know – and I guess I’m not alone in this – is that there are, especially in the “old” city, several street restaurants with great food not just from Pakistan or India, and at a very nice price; which makes sense if we think about the large expatriate community. Here are three tasty suggestions: Al Mallah (the best smoothies and fruit juices), Rauf Sweets & Restaurant (I liked the food, but the sweets not so much), and Ravi Restaurant (Pakistani specialties).
O Dubai não se poupa a esforços para ser levado a sério inclusive no quesito gastronómico: é possível encontrar um pouco de tudo, dos hambúrgueres nova-iorquinos Shake Shack ao fine dining de chefs internacionais estrelados como Heinz Beck, Jason Atherton, Thomas Keller ou Gordon Ramsay. O que eu não sabia — e não sozinho, palpita-me — é que existem, sobretudo na parte mais “antiga”, vários restaurantes de rua com ótima comida do Paquistão ou da Índia, e não só, a muito bom preço. O que faz sentido se pensarmos na grande comunidade de expatriados. Deixo três sugestões para lá de saborosas: Al Mallah (os melhores batidos e sumos de frutas), Rauf Sweets & Restaurant (gostei mais da comida e menos dos doces) e Ravi Restaurant (especialidades paquistanesas).
Tea in the desert? Have dinner and (stay the night) instead
For those who stay a few days it’s usually included a trip to the desert in the package. There are options for all tastes and wallets – some better than others, like everything else in life. I wish I had stayed for the night, but since there was no time left, I spent the evening, and had a candlelight dinner at Al Maha Desert Resort, an oasis in the true sense of the word, which, in addition, is an area of environmental protection to species such as the Arabian Oryx. Less than an hour away, it gives us the magic of the desert and the illusion of being in Africa rather than in the Middle East.
Quem fica uns dias inclui quase sempre no pacote uma ida ao deserto. Existem opções para todos os gostos e carteiras — umas melhores do que outras, como tudo na vida. Gostaria de ter ficado para dormir, mas como não sobrava tempo, dei por muito empregue o final de tarde e o jantar à luz de velas no Al Maha Desert Resort, um oásis no verdadeiro sentido da palavra que para mais fica numa zona de proteção ambiental a espécies como o Órix-da-arábia. A menos de uma hora de distância, dá-nos a magia do deserto e a ilusão de estarmos em África e não no Médio Oriente.
Best Arabica in town — and chocolates too
Like other cities, Dubai is recovering old warehouses along Alserkal Avenue, without changing the industrial environment, much to the hipster taste. Amidst the entire offer, the Mirzam chocolate factory caught my eye; they season cocoa with different spices and wrap their chocolate bars for collectors – each one more beautiful than the next. The happiness of having also found there an Arabica espresso as it should be – citric, smooth and aromatic, struck me among tastings.
À semelhança de outras cidades, Dubai está a recuperar velhos armazéns ao longo da Alserkal Avenue, sem alterar o ambiente industrial, muito ao gosto hipster. Entre a oferta, chamou-me à atenção a fábrica de chocolates Mirzam, que tempera o cacau com diferentes especiarias e embrulha as suas tabletes em embalagens dignas de colecionador — cada uma mais bonita do que a outra. Entre degustações, a felicidade de ter encontrado igualmente aqui um café expresso arábica como deve ser: cítrico, suave e aromático.
Against all… ouds
It is quite common for perfumeries in Dubai to sell generic perfumes of well-known brands. It is tempting, but if you ask for my opinion, you’d rather invest time and money in exploring local fragrances such as those that contain, for example, oud – to those who are distracted: it is the incense or oil that is extracted from the agarwood or aloeswood; it is increasingly used in men’s and women’s perfumes and is the most expensive in the world.
É bastante comum encontrar à venda nas perfumarias do Dubai genéricos de marcas bem conhecidas. É tentador, mas, se querem a minha opinião, invistam antes tempo e dinheiro a explorar fragrâncias locais como as que levam, por exemplo, oud — para os distraídos: trata-se do incenso ou óleo extraído do pau de aloé ou da madeira de Agar, a mais cara do mundo, e é cada vez mais usado nos perfumes masculinos e femininos.
Words and photos by jms (except from Al Maha Desert Resort) | © 2018. All rights reserved