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Há quem se bata até hoje, em defesa do direito à diferença, de que a unanimidade é burra.
Quando o assunto é o hotel EVOLUTION Lisboa, cravado num dos flancos mais visíveis da praça do Duque de Saldanha, uma coisa é certa: as opiniões dividem-se. Não tanto pela modernidade da sua fachada, que não destoa assim tanto no conjunto heterogéneo, mas sim pela mão — a mão da discórdia, em cuja palma temos a ilusão de ver assente parte do edifício.
O grupo SANA, que não dorme no ponto, faz graça com o assunto — é o primeiro, inclusive, a fazer alusão nos seus comunicados ao “edifício da mão” — e remete-se à lógica quase sempre infalível do “falem bem, falem mal; mas falem”. Aliás, falem, fotografem e partilhem.
Nem de propósito, andava eu à procura de um hotel no centro da capital para realizar o meu segundo workshop de fotografia de food styling para redes sociais, quando fui finalmente conhecer o EVOLUTION (chamem-lhe mania, mas na cadeia SANA os nomes das unidades são sempre escritos em maiúsculas). E quando digo conhecer, é para valer: fiquei a dormir — ser turista na minha cidade; pena que poucos moradores estejam dispostos ao exercício.
O propósito inicial era ver e sentir por dentro aquilo que a maioria apenas vê e julga, de fugida, por fora. Orientado para uma clientela citadina e “tech savvy” (ou seja adepta e praticante de todas as funcionalidades tecnológicas), o primeiro hotel EVOLUTION faz gala em ter terminais de check in semelhantes aos que existem nos aeroportos e uma panóplia de serviços — da sala de fitness ao lounge, sem esquecer, detalhe importante, uma cafetaria do tipo “grab & go” (pegue, pague e vá) — disponíveis 24 horas. Há, claro está, funcionários prontos a ajudar (os E-hosts) e algumas horas do dia em que não se dispensa algo mais parecido ao que é padrão (sobretudo durante as refeições e pausas para o café e snacks, uma aposta forte), mas o lema aqui é que o hóspede ou o frequentador (sim, este é um hotel aberto a quem vive e trabalha em Lisboa) se sinta o mais livre possível para fazer o que realmente lhe apetece — como e à hora que lhe apetece. A única exceção é piscina, no último andar, com sauna e banho turco, que funciona apenas entre as oito da manhã e as oito da noite.
Tudo, de preferência, a um preço justo quando não for possível ser de graça. É curioso, nos muitos anos que levo a fazer a cobertura de hotéis por todo o mundo, sempre me bati para que as pessoas os encarassem de forma menos grave e séria. Hotéis, indiferentemente do número de estrelas, continuam a intimidar. Por isso a primeira boa surpresa que tive não foi tanto a vertente “tech friendly” — e um lugar onde o wi-fi tem ampla cobertura, rapidez e funciona sem engasgos, como é o caso, ganha logo pontos comigo —, mas a constatação de que as suas áreas comuns, bem agradáveis por sinal (sem nada de muito caro, conseguiram criar inúmeras zonas de estar modernas e divertidas onde apetece estar), são efetivamente usadas pelos lisboetas para trabalhar, reunir e/ou confraternizar. Sem que haja pressão ao consumo, convém acrescentar.
Esta dinâmica de entrosamento com a cidade, ao mesmo tempo descontraída e prática, que pode incluir a vinda de DJ’s nas noites de quinta e sexta-feira ou até que o lobby faça as vezes de galeria de arte ou de showroom para as mais variadas atividades, convenceu-me. Isso e a luz, que entra a rodos pelas enormes janelas, o potencial do seu código de cores (o branco domina, dos quartos ao lounge, mas a cartela cromática usa e abusa do laranja, não por acaso usado no logotipo) e o facto de ter um buffet de inspiração asiática.
Dia 31 de janeiro, domingo, entre as 15 e as 17 horas, em parceria com o EVOLUTION, serei o anfitrião de um workshop teórico e prático onde, novamente, procurarei partilhar dicas para tirar o máximo efeito das fotografias de comida feitas por smartphones (não só, mas sobretudo) para as redes sociais. Com um custo de 20 euros por pessoa e limitado no número de vagas (a ideia é estarmos informalmente e trocarmos experiências), ele terá como bónus o referido buffet — para olhar, fotografar… e comer!
Mais informações e inscrições aqui.
Conto com vocês! — #fs_EVOLUTION_jms
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EVOLUTION Lisboa | Portugal, Praça do Duque de Saldanha, 4, Lisboa
jms is wearing Zara Man (overcoat), Emidio Tucci (sweater), H&M Man (trousers), COS (socks) and Adidas Supercolor (sneakers)