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six senses douro valley | o sexto sentido do douro


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Every season has a charm of its own in Douro Valley but Fall is kinda magic.

Listed as a World Heritage Site by UNESCO due to its unique landscape — the curvalicious river flows through the vertiginous hillsides covered by vineyards —, this region in the north of Portugal (90 minute drive from Porto) is worldwide famous by the wines. And by wines I mean not only the Port, but also the incredible and quite intense table wines.

Unfortunately, despite the promotion, the potencial of this getaway is still underestimated by most of the visitors — Portuguese included. Which is a pity. People tend to come only for one day or one night and that is barely enough. Specially if you are staying at Six Senses Douro Valley.

It’s the very first resort in Europe managed by the Asian company Six Senses (their spas are usually rated on the world’s best lists) but the history of this property goes back in time. Just to give you an idea the 19th-century manor house was part of Quinta de Vale Abraão, owned by Serpa Pimentel family, and has inspired a romance by the Portuguese writer Agustina Bessa-Luís and a movie by the Portuguese film director Manoel de Oliveira. In 2007 the traditional farm, surrounded by the vine rolling hills and overlooking the river Douro below, halfway between Peso da Régua and Lamego, was converted into a luxury hotel known since then as Aquapura. I’ve stayed there twice and believe me when I say that it was overwhelming.

Unfortunately the project proved to be too ambitious and somehow inadequate to this region in a few aspects (more than just a few to be totally honest). Time to re-start. New owners, new management, new concept. The former Aquapura reopened last July as Six Senses Douro Valley and the staff could not be happier with the changes.

I’s ironic, precisely now when there is an Asian company running the business, the oriental approach on decor (dark mood, grape inspired color scheme, high-tech rooms) has been replaced by a much more down to earth attitude — natural tones and materials, black and white photos from the old good days and several regional objects, collected in antique shops and in farms nearby, incorporated by the contemporary mood.

I must say that I miss one or two things from the past, but, generally speaking, Six Senses Douro Valley has raised the bar. Rooms (and villas) are generously sized and comfortable, gardens look good, the outdoor pool is still one of the most beautiful in the country (and an all time fav of mine), common areas as the Wine Library (a good collection of vintages from the area can be paired with finger food) are really cozy, the spa (amazing indoor pool by the way) is finally making a difference (I love the Tibetan bowl rite before the treatments) and the food doesn’t disappoint — breakfast buffet is to die for, they are using fresh vegetables and herbs grown on the resort’s estate to cook and the Chef’s Table is something that I truly recommend (very convivial and you learn a thing or two).

And why have I started this post by saying that Fall is quite magical here? Well, if you are lucky enough with the weather you can have the best of both worlds: relax by the pool during the day and have a glass of wine by the fireplace at night.

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Estão terminadas as vindimas, mas o outono é uma das minhas estações preferidas no Douro.

E se for para ficar no Six Senses Douro Valley, melhor ainda. Durante a minha recente estada aqui, uma das coisas que mais ouvi da boca do staff foi: “Era muito escuro e agora está diferente, luminoso e mais adequado ao lugar”. E quem melhor do que eles para saber do que falam. Na mudança de gestão (e de conceito) operada entre outubro de 2014 e junho de 2015, período em que esteve encerrado, apenas 20 por cento dos empregados do antigo Aquapura terão sido dispensados; os restantes ficaram, receberam formação e estão agora mais confiantes do que nunca no futuro. Passaram, inclusive, a ser chamados de anfitriões.

Para que não haja confusões, deixem que vos conte uma pequena parte da história. Inaugurado em 2007 na Quinta de Vale Abraão, que fora até então propriedade da família Serpa Pimentel e servira de inspiração ao romance de Agustina Bessa-Luís (e, mais tarde, de cenário ao filme
 de Manoel de Oliveira), o Aquapura causou furor e deu notoriedade nacional e internacional ao Douro enquanto destino — aqui entre nós, ele bem precisa, pois temos ainda tendência a subestimar o seu imenso potencial turístico. Só que, devido à crise no setor imobiliário, de que dependia boa parte do investimento realizado, nunca se cumpriu por completo os objetivos. Seja como for, sobretudo no início, este era um projeto a que não se ficava indiferente.

Agora vem a parte boa. Em 2013, depois da compra do hotel, a cadeia asiática Six Senses, conhecida pelos spas de classe mundial mas igualmente pela excelência na hotelaria e por ser muito empenhada na questão da sustentabilidade e do bem-estar, foi desafiada a assumir a gestão e a fazer dele o seu primeiro resort na Europa.

Não foi pouca coisa o que mudou desde então. Para começar, a decoração em tons de vinho e com um estilo marcadamente oriental, por anos a marca registada, foi substituída por uma outra abordagem mais próxima à realidade e às raízes locais — o que não deixa de ser irónico tratando-se de uma cadeia asiática no comando. Materiais naturais como a pedra e a madeira e uma paleta de cores que vão do cinza-claro ao areia e verde musgo são a nova aposta, a par de objetos tipicamente portugueses da região (como utensílios agrícolas ou caixas de vinho) incorporados nos vários ambientes. Outro detalhe importante que chamou a minha atenção foi a inclusão, junto às áreas dos elevadores, de fotos ampliadas a preto e branco do tempo em que a quinta pertencia aos Serpa Pimentel.

Confesso que senti falta de um ou outro pormenor da era anterior, mas, no geral, tenho de reconhecer que se mudou para melhor e que o grau de exigência aumentou. Os quartos (ou suites e vilas) são grandes e muito confortáveis; os jardins românticos na propriedade de oito hectares, que abarca a casa apalaçada do século XIX e a nova ala com superficies espelhadas onde se refletem o rio e as vinhas, estão um brinco; a piscina exterior continua a ser uma das mais bonitas do país e uma das minhas preferidas; há mais zonas de relaxe e de meditação; e a área de 2200 metros quadrados do spa está finalmente a ser devidamente aproveitada, com uma belíssima piscina interior aquecida e terapeutas bem treinadas — gostei especialmente de iniciarem os tratamentos com o ritual da taça tibetana; ao ser tocada, ela emite vibrações que ressoam por todo o nosso corpo.

Por sua vez, as salas de estar comuns como a Wine Library (ementa à base de bons vinhos, tapas, enchidos e queijos) tornaram-se mais acolhedoras e achei a proposta de cozinha mais afinada. A gastronomia praticada segue uma lógica local, com produtos regionais e sazonais, mas trabalhada segundo as técnicas de hoje. Recomendo o excelente buffet de pequeno-almoço e a experiência de um jantar na mesa do chef pelo convívio e pela oportunidade de, ao vivo e a cores, ainda se aprender umas dicas.

E já que comecei este post a falar do outono, termino a explicar porque gosto tanto dele em terras durienses. Com um pouco de sorte, assim o tempo o permita, é perfeitamente possível passar o dia a relaxar na piscina e à noite saborear um copo de vinho junto à lareira. É ou não o melhor dos dois mundos?

 

Words and photos by jms | © 2015. All rights reserved

 

Six Senses Douro Valley | Portugal, Quinta de Vale Abraão, Samodães, Lamego

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