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mast brothers: chocolate as a statement | os olhos também comem


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I read that experts and a lot of retailers have second thoughts about Mast Brothers Chocolate bars. Perhaps the beautiful packaging is too damn cool for their own good. Perhaps Rick and Michael Mast, with their bushy hipster beards and based in Brooklyn (New York), are also too damn cool to be taken seriously as chocolate makers.

But foodies, not only chocaholics, love both and spread the word: Mast Brothers’ bars taste as good as they look. For them, sometimes we can have the best of both worlds: a good wrap and a good bite.

I prefer to think that living up to such a reputation is never easy. A few months ago I wrote a feature for a local magazine about craft chocolate in Portugal. The business is growing fast and people, more than ever before, become aware that a high percentage of cacau in their chocolate is not irrelevant for their health and that most of the industrial production is about three things: sugar, vanilla and milk.

Mast Brothers have their own factory and the brand was founded in 2007. Attention to details and a strong image work as distinctive marks but as bean-to bar manufacturers (they use raw high quality cocoa instead of over roasted beans) they are determined to make consumers experience chocolate differently.

Despite all that I wonder: are Mast Brothers’ bars really top or do people keep buying them only for the sexy packing and for the status? One thing is for sure, they look great.


Uma embalagem bonita sempre ganha a minha atenção. E as das tabletes de chocolate Mast Brothers não são apenas bonitas; são lindas e cheias de estilo.

Ainda assim, e para minha relativa surpresa, leio na imprensa que muitos críticos e chocolateiros torcem o nariz à qualidade daquela que é a mais bem sucedida marca de chocolate artesanal nos Estados Unidos. Serão as suas embalagens demasiado vistosas? Serão os irmãos Rick e Michael Mast, fixados em Brooklyn (Nova Iorque) com as suas farfalhudas barbas hipster, demasiado cool para serem levados a sério pelos seus pares?

Nunca é fácil corresponder às expetativas. Sobretudo quando se atinge o sucesso e se cria um produto que suscita desejo sem estar ao alcance de todos — os chocolates desta marca têm apenas loja própria em dois pontos de Brooklyn e num outro na cidade de Londres, mas são muito usados por chefs e encontram-se à venda em alguns departamentos especializados. Mas se os críticos têm reservas, já os foodies à volta do mundo fazem-lhes uma desbragada promoção nas redes sociais, como que dizendo: sim, é possível ter o melhor dos dois mundos (bonito na forma e bom no conteúdo).

A marca foi fundada pelos dois irmãos em 2007 e toda a linha de produção artesanal sai da fábrica de Brooklyn. Atenção aos detalhes e uma imagem muito cuidada são diferenciais que não rejeitam, mas eles preferem colocar o foco no seu trabalho com cacau cru de grande qualidade (quando a indústria trabalha sobretudo com grãos demasiado torrados e lança chocolates que, na verdade, são mais leite, açúcar e baunilha do que cacau), privilegiando pequenos produtores e proporcionando ao consumidor final uma experiência superior de degustação.

O negócio dos chocolates artesanais, por oposição à produção de massa, ganha peso por mais que ainda seja um nicho de mercado. Meses atrás, escrevi uma peça para uma revista local sobre o tema e entendi como a importância de consumir chocolates com uma percentagem maior de cacau (melhor para a saúde) ganha adeptos de dia para dia. E é ai que os irmãos Mast querem chegar.

Comecei por dizer que adoro as suas embalagens. É facto. O que não me impede de perguntar: serão estes chocolates realmente muito superiores à média ou grande parte das compras é determinada pelo pacote e pelo status?

 

Mast Brothers Chocolate | Stores in Brooklyn-London

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